O DVD é dividido em show e documentário. A parte do show é aquela minha primeira impressão sendo confirmada: uns malucos espalhafatosos fazendo róquenrôu do velho e do bom. A parte documentário fala sobre a turnê que marcou o retorno da banda após 17 anos separados, em 1996 e 1997. Gente, conta comigo: dezessete anos. Mais de seis mil dias. O tempo que eu tô na terra e mais uns trocados. É tempo pra PORRA. Mas lá foram os quatro loucos tentar lotar arena de novo em tudo quanto é canto do mundo. Conseguiram.
Acho que deveria se chamar The Second Chance. Aquela turnê foi um pedido de desculpas aos fãs. Foi um "vocês tem razão, nascemos para a música, desculpe se duvidamos disso". Mas tem o lance do sucesso da coisa. Se os fãs não os tivessem perdoado, não seria um retorno, e sim um fracasso.
De uma forma extremamente maquiada, o Kiss me ensinou algo essencial. É necessário dar a cara a tapa, a volta por cima. The show must go on. The show WILL go on, com ou sem você. E é preciso escolher que seja com. Pode parecer difícil, mas sempre haverá alguém por perto. Mesmo que não sejam milhares de pessoas gritando num estádio, sempre haverá alguém por você. O Kiss se reergueu sendo apenas o Kiss. E de salto alto.
Obrigada à todos que têm lotado essa arena bizarra que tem sido a minha vida. Só eu sei o quanto é maçante continuar "em turnê".
Vejo vocês no camarim, porque aqui, no backstage, ainda tem muito a ser feito.
E o show não para.
Nunca.
Considerem esse texto minha second coming.
E pra quem