25 de outubro de 2009

Razões para fugir da razão



Entre razões e emoções a saída...O problema é que não há saída. É como tentar unir ciência e religião: quando você pensa que a dupla está funcionando muito bem, alguém descobre ou inventa alguma coisa que põe tudo a perder. A maior causa desse conflito (e de quase todos os outros, na verdade) é o amor. Tem coisa que tire mais a razão do que o amor? Não há como estar são e apaixonado de verdade ao mesmo tempo, é como ser muçulmano e usar uma camisa onde tem escrito "I New York". Nunca fui fã de NxZero, mas admito que esse trecho (já é super clichê pra quem curte a banda) me fez pensar em concordar com os guris uma vez na vida: Entre razões e emoções a saída é fazer valer a pena. Porque realmente tem horas em que a única maneira de se manter lúcido é enlouquecer, e não há razão no mundo que impeça isso. 
Talvez eu seja diferente da maioria dos que vão pelo lado emotivo das coisas, porque eu conheço a razão. Fomos apresentadas e me falaram maravilhas dela, mas não rolou aquela química, sabe? A emoção que me atrai. O sentimento. A aventura. Os erros cometidos numa tarde de terça-feira. É saber que o que estou fazendo é perigoso e curtir as consequências - boas ou ruins. E acima de tudo, o que me faz esquecer a razão é a adrenalina. E não falo da relacionada ao físico, e sim ao emocional. Deixo a coerência de lado porque eu prefiro amar... E eu prefiro perder a razão do que perder a paixão.

OBS: juro que tentei não mencionar a música do Nx, mas é tão conveniente que seria um crime contra o clichê não colocar.

16 de outubro de 2009

Sangue do meu sangue


foto antiga, mas é uma das minhas preferidas da gente.

Há exatos 10 anos atrás, eu acordei numa euforia sem tamanho. Cadê a mamãe?, eu perguntava irritantemente a cada 5 segundos, sem nem dar tempo pra resposta. Mas eu sabia onde ela estava. Talvez não sabia como estava acontecendo, mas eu sabia muito bem o que estava acontecendo. Ela foi pro hospital de madrugada. Essas são palavras que poderiam colocar a cabeça de qualquer filha fora do lugar, mas não a minha. Eu sabia que quando ela voltasse, ela me traria um presente que eu pedia há muito tempo. E não a bicicleta nem o cachorrinho de pelúcia gigante. Algo menor. Mas, que na realidade, era BEM maior.
A minha mãe deve ter se sentido muito mal ao entrar naquela sala de parto. Não bastando as terríveis contrações de que toda mãe fala, meu padrasto estava viajando (meu irmão sempre foi adiantado, literalmente, desde que nasceu), meu avô morava em outro estado, minha avó e minha tia chegaram em cima da hora, e eu, criança demais, mesmo que estivesse por lá não ia acalmar nem uma mosca. Segundo eu escutei depois, a coisa toda foi perigosa, dolorida, assustadora mesmo. Mas ela ficou bem, e ele sobreviveu. Naquele 16 de outubro de 1999 veio ao mundo uma coisinha de cabelo liso e olhos bem pretos. Hoje em dia a criatura usa um cabelo porco-espinho que eu não acharia legal em mais ninguém, mas ainda tem os mesmo olhos de jabuticaba que daqui a alguns anos farão as meninas desmaiarem.
Meu irmão é um sobrevivente, e embora eu nunca tenha dito muitas das coisas que queria dizer pra ele, ele sabe que é provavelmente a pessoa mais importante da minha vida. Tem um gênio fácil que muitas vezes se bate com o meu dificílimo e por muitas vezes ganhou roxos e vermelhos na pele por minha causa. Mas ter irmão é isso, saber que, apesar das desavenças (e chutes e socos :P) você vai ter sempre alguém do seu lado. Você acha que manda, ele discorda completamente, mas o negócio é vocês são peça do mesmo quebra-cabeça. E que sua vida seria um tédio imenso sem ele. Como eu o peguei uma vez falando baixinho - somos muito diferentes, mas nisso não: os dois são cabeça-dura pra admitir sentimentos - "E quando a Bia for embora, pra faculdade, com quem eu vou brigar?"
Há 10 anos atrás, mesmo não sabendo da gravidade da coisa, eu prometi deixar de lado minha última mamadeira (realmente... eu já era bem grandinha pra isso) se o meu irmão chegasse em casa são e salvo. Hoje? Hoje eu me deixaria de lado pra ver, mais uma vez, aquele sorriso boboca que só alguém com dentes de leite pode oferecer.


Feliz aniversário, pentelho!
E não esquece: eu tô sempre aqui por você.

15 de outubro de 2009

Stupid cupid

Sempre me ilustraram um cupido fofo. É, fofo. Gordinho, bochechas rosadas, olhos azuis, cachinhos e flechas douradas. Mas também me ilustraram um papai noel e um coelho que saia distribuindo ovos. Os três são igualmente verídicos. Talvez por isso os sentimentos das crianças sejam mais puros, e suas mentes, mais inocentes; se elas creem em um velho gordo entregando presentes ao mundo todo em uma só noite e em um animal saudável pondo ovos (de chocolate!) coloridos, por que não crer no amor?
Pois bem. Nunca acreditei em coelhinho da Páscoa, o bom velhinho me parecia plausível até os 9, mas o cupido é como uma lenda urbana: você sabe que não é necessário que exista, sabe que ele não existe, mas, por algum motivo tolo acha divertido pensar que ele está lá. O meu cupido é burro, O meu cupido me odeia, O meu cupido fuma maconha, O meu cupido me ama (tá apaixonado por mim e não quer me dividir com ninguém!)... Sentiu a vibe boa da coisa? E isso é só no orkut. Imagine na vida além-computador!
Here's the thing: Você não precisa de um cupido fictício e nem daquele amigo que conhece o primo do colega dele que é perfeito pra você. O seu cupido é o seu destino, e, acredite: ele é contra qualquer tipo de alucenógeno.


OBS: Por incrível que pareça, aquela que vos fala acredita piamente no amor. E por isso, detesta o seu cupido.


O blog sobre moda e cultura pop que eu falei que ia fazer com uma amiga saiu, e as guriazinhas tão curtindo. Curte lá tu também.

12 de outubro de 2009

Take a chance!



Às vezes é preciso arriscar. Sabe, meter os pés pelas mãos. É. Em alguns momentos, tudo o que podemos fazer é tentar. Tudo o que devemos fazer é tentar. Experimentar. Chorar, rir, chorar mais: desidratar. Talvez conseguir. Bater de frente com um exército e ainda assim sentir que venceu a batalha. E esperar ansiosamente pelo fim da guerra. Em outras vezes, é preciso parar de flutuar. Ver que não era aquilo tudo. Escutar "eu avisei" e saber que sim, eles avisaram. E você não ouviu.
Dane-se. Valeu a pena. É isso aí. Suspire mais uma vez. E diga que faria tudo de novo. Porque a gente tem que cometer os próprios erros para que, uma vez ou outra, descubra que são acertos. Tô arriscando.


E mais tarde, se o karma for mais forte do que o sentimento, eu vou escutar diversos avisos tardios de que não daria certo mesmo, mas não vou levá-los em consideração. Porque às vezes, é preciso arriscar.

8 de outubro de 2009

selinho pro blog :)










Lorena me presenteou com esse selinho. 
Ela também participa do Blorkutando e é toda querida :) Muito obrigada, Loh!


Well, well, well. The rules:
• Exibir a imagem desse selo.
• Colocar no seu post o nome e o link do blog que te presenteou.
• Fazendo jus ao nome do selo, dizer coisas que são roxies pra você.
• Indicar 10 blogs e avisar aos blogs indicados.

Here we go:

Música.
Only rock 'n' roll, but I like it. Dentro desse estilo eu sou bem eclética, escuto de hardcore melódico à trash metal... Mas o que realmente não me sai dos fones é Kiss, Nação Zumbi, Rock Rocket, Blondie, Delittus e Fresno! 
Televisão e cinema.
Não curto muito televisão, mas ontem assisti um seriado novo no multishow chamado Nós 3, é bem estilinho Laguna Beach e The Hills, só que com meninas brazucas e mais estilosas (eu achei). Muito legal, recomendo. De gringo, curto Gossip Girl e Grey's anatomy. Cinema, eu AMO Tim Burton (autor de Peixe Grande, Edward Mãos de Tesoura, O Estranho Mundo de Jack...) e A Fantástica Fábrica de Chocolate, versão da década de 70.
Três países que eu quero conhecer.
Inglaterra, México e Egito. E, como dito no último post, tinha vontade de fazer intercâmbio, acho que nos Estados Unidos.
Três cores que mais gosto.
Preto, roxo e verde.
Três hobbies.
(Yoga é um hobby?) Escrever, ler e nadar. 


• Repasso esse selo para os blogs:

Obrigada por sempre me deixarem horas devaneando. E parabéns pelos blogs!

PS: Muito em breve, eu, @beat_box, e a @karismartins estaremos divulgando o nosso tão esperado blog (pelo menos, a gente esperou um bocado). Vamos falar de moda, cultura pop, gossip... Cês vão gostar, espero. Assim que tiver tudo arrumadinho eu posto aqui e vocês me dizem o que acharam, ok?

5 de outubro de 2009

Hit the road, Jack!





A ideia é simples: pegar uma mochila, jogar uma câmera, papel e lápis dentro, e é isso aí. Deixar o celular, o notebook, avisar aqui no blog que em breve vou ter muita história pra contar. Nada de twitter; 140 caracteres não vão conseguir expressar o que eu vou querer dizer! O negócio é praticar o desapego, sacar que tudo é muito inconstante e que você, que acha que sabe de tudo, na realidade não sabe de nada. É ter saudade de quem se ama e ver o quanto é bom ter alguém quem ame você. E mais do que tudo, entender que libertar por muitas vezes é a mais verdadeira - e dolorosa, convenhamos - forma de gostar de uma pessoa.
Sempre fui indecisa, confusa; demoro pra tomar decisões e depois que me resolvo ainda me questiono 2348 vezes se estou realmente certa. E viajar pra mim tem todo um "quê" de dúvida, de pensar em tudo e em todos fora da minha zona de conforto. Não para fugir, e sim para se encontrar. Por isso, talvez, eu queira tanto fazer intercâmbio, mais do que qualquer outro tipo de viagem: porque experimentar um modo de vida totalmente diferente, com pessoas diferentes, enfrentando dificuldades e vivendo coisas que eu jamais viveria aqui - não digo no Brasil; se eu tivesse nascido nos Estados Unidos, não iria querer ficar por lá, também, certeza. A questão aqui é a mudança! - me parece exatamente o significado de viver.


Afinal, a vida é apenas uma série de experiências que podem dar certo... Ou não. E o que a gente pode, aliás, o que a gente TEM que fazer, é torcer para que tudo acabe bem, seja aqui, nos Estados Unidos ou na China.
E, no meu caso, torcer para que a minha tentativa de fuga em nome da aventura não seja frustrada por uma mãe que é grudada nos filhos :)


OBS: o título é uma das mais famosas músicas, se não a mais, de Ray Charles.




PS: primeiro post para o Blorkutando... Hope you like it!