30 de setembro de 2009

B-day




Parabéns, tudo de bom para mim! Sim, ontem foi meu aniversário.


Acho que tenho algum problema por não curtir muito celebrar a vida (ao menos a minha), talvez por problemas do passado que nunca se apagam totalmente, talvez apenas por birra... O negócio é que ontem valeu a pena, e mesmo que eu não tenha um milhão de amigos como cantava um daqueles carinhas da Jovem Guarda, os poucos que eu posso realmente chamar de amigos valem por um trilhão. MUITO obrigada - e me desculpem - por tudo, de verdade. Vocês são a razão verdadeira de minhas comemorações. 


Na foto acima, o homem mais velho do mundo comemorando o seu 113º aniversário (em 21 de setembro, 8 dias antes do meu 15º). É. Acho que "comemorar", nesse caso, é a palavra certa mesmo. Eu, que nem duas décadas de vida tenho ainda, já reclamo sempre (vocês devem ter notado) de sentimentos, clichês, entretenimento... Imagine aguentar tudo isso e coisas bem piores - como uma Grande Guerra, no caso dele - por mais de um século! O cara é meu herói.
Música que é hino de todas as datas comemorativas pra mim, e que, mesmo sendo um bocado triste, tem algumas pequenas GRANDES verdades:



[Happy birthday to me - Bright Eyes]
All eyes on the calendar
Another year I claim of total indifference
To here, the days pile up
With decisions to be made, I'm sure all of them were wrong
Into this song I send myself
And with these drinks I plan to collapse
And forget this wasted year, these wasted years
Devoted friends, they disappear
And I'm sorry about the phone call and needing you
Some decisions you don't make
I guess it's just like breathing and not wanting to
There are some things you can't fake
I guess that it's typical
To cling to memories you'll never get back again
And to sort through old photographs
Of a summer long ago or a friend that you used to know
And there below
His frozen face
You wrote the name and that ancient date, that ancient date
And you can't believe that he's really gone
When all that's left is a fucking song and
I'm sorry about the phone call; and waking you.
I know that it is late,
But thank you for talking, because I needed to.
Some things just can't wait.
(Yeah, some things just can't wait)


23 de setembro de 2009

Are baba!


Certamente, se você vive no Brasil e não é totalmente antissocial¹, provavelmente já disse ou já escutou a frase "Você viu o que a fulana fez com o fulano ontem na novela?" ou algo do tipo. Se você tem falado isso ultimamente, sinto muito. As novelas de hoje em dia são tão previsíveis que sempre se tem que mudar o final da trama em cima da hora porque todo mundo, usando apenas 1% do cérebro, saca que o mocinho - OH! - vai ficar com a mocinha, e o vilão vai se dar mal e todo o resto vai viajar e/ou casar e viver feliz para sempre. Acho que tem muito influência dos clichês hollywoodianos. Aliás, também acho que Hollywood devia ser a capital dos EUA. É lá que tudo que é considerado útil acontece.
Se você é do segundo tipo e quando escuta isso já pensa "Ih, lá vem...", bem-vindo(a) ao clube! Nada contra, na verdade, mas eu tenho pena de quem gosta delas. Calma; não quero bancar a intelectual demais e dizer que não acrescenta nada (mesmo sendo a real), porque os seriados estão aí e eu adoro dezenas deles. Só vou dizer que é triste: novela não reprisa, a não ser grandes ibopes das oito, grandes merdas das seis ou grandes chatices da década de 80. Além disso, mesmo quando a coisa é razoável, não sai em DVD - bem, ouvi falar que vão sair umas duas, mas enfim, até o presente momento eu não soube de nenhuma confirmação - ou seja, você fica órfã da fulana e do fulano para sempre, só imaginando o que aconteceria a seguir, e mesmo em novelas com mais de uma temporada, como Malhação, os poucos personagens realmente bons e que diferentes da massa vão sumindo e você acaba esquecendo ou morrendo de saudade deles. Vê a tristeza da coisa? Antigamente, o interessante nas novelas era ver o cotidiano retratado ali, nu e cru. Hoje, a realidade aparece aqui e ali e mesmo assim soa falso. E o que importa são as paisagens... Dessas terras estranhas todas, acho que uma das poucas que realmente valeu a pena foi O Clone. Ou talvez eu só esteja dizendo isso porque adorava as joias, hahah. E não entendo porque foi feito todo esse auê com Caminho das Índias... Quero dizer, assisti o segundo capítulo, um do meio e 10 minutos do final e entendi toda a história.
Eu, por exemplo, não me conformo com reprisarem essa coisa tosca que é Alma Gêmea (que passou a o que? Uns dois anos? E só a música me dá náuseas) e não reprisarem O Beijo do Vampiro. Tá, agora pode parar de rir. O enredo era fraquinho e os efeitos, blergh, mas Crepúsculo² tá aí arrasando também, né? Pronto. Agora aguardo ansiosamente a crucificação, já que falei da novela mais amada pelo país dos últimos anos e da saga que compete com Harry Potter no quesito "fãs neuróticos".

¹ De acordo com essas regras esquisitas do novo acordo, agora é SS mesmo.
² Apesar dos pesares, eu também li e vi Twilight. E quero muito ver Lua Nova. Caras lindos e sobrenaturais com o poder de deixar o mundo todo suspirando? Come on, guys! Nunca fui intelectual demais, mesmo. E a carne é fraca.

16 de setembro de 2009

Insônia

Não dormi direito na segunda-feira.
Sempre detesto começo de semana, muitas expectativas, muitas frustrações ainda por vir. Rolava na cama, que nunca tinha me parecido tão desconfortavelmente grande - e fria. Confrontava o celular sabendo que ele levava a pior, inerte, desligado. Eu mesma o havia feito. Então eu não deveria estar contente por não poder atendê-lo? Afinal, eu não podia me permitir perder mais uma noite de sono esperando uma simples ligação. Não, essa ligação simplesmente não existiria. Ou pelo menos, se existisse, eu não saberia. E não doeria tanto.
Ah, a minúscula linha entre o amar e o odiar. É pior ainda quando você não quer atravessá-la.


Aquela que vos fala implora que alguém a ajude a entender que NENHUM vício é saudável. Principalmente pessoas.

3 de setembro de 2009

Ego(centr)ismo

Dizem que amor-próprio é fundamental, que você tem que ter auto-confiança, "confiar no seu taco", "ser mais você"... Enfim. Você é O CARA e sabe disso, falou? Au au au, pega no meu... EGO!
Mas, por favor, sejamos sinceros aqui: Narciso não era um completo idiota? Quando a vaidade fala mais alto, não é melhor admitir que sim, ela talvez seja mais bonita; sim, ele entende mais de espanhol que você? Acho que a falta de modéstia em algumas ocasiões é quase que necessária - exemplo. Você salva a vida de uma criança num incêndio. Pô, você é foda SIM! -, mas a modéstia não tem que ser extinta por causa disso. Se tem algo que eu odeio é elogiar alguém que parece já contar com todos os elogios e rasgações de seda do mundo. Egocêntricos me aborrecem tanto quanto o aquecimento global e álgebra, dá vontade de dar uma de bipolar no meio da conversa, tipo:
- Sabia que você é linda?
- Haha, me dizem isso de mooonte!
- Ah mas você nem é tudo isso! Hmpf, mocreia.


É como naquela musiquinha grudenta da Beyoncé:
"It's too big/It's too wide/It's too strong/It won't fit/It's too much/It's too tough/He talk like this 'cause he can back it up/He got a big ego/Such a huge ego"


Acho que a culpa é da ignorância, sabe. O problema é que os egocêntricos não descobriram ainda que giramos em torno do Sol, e não ao redor deles.


- E sim, eu tô sumida, doente e rabugenta. Hmpf!