7 de novembro de 2009

Seleção (não tão) natural



Nada se exclui, tudo se seleciona. Tenho apenas uma década e meia de vida, e creio que realmente eu não sei de nada. Mas uma coisa que eu venho aprimorando são as minhas escolhas. Embora eu erre (e erre muito), pelo menos eu fui pelo que acreditava ser o certo. Ser seletiva não é ser fresca, não é querer ser underground e dizer que cultura pop é um lixo. Se liga: CULTURA pop. Cultura popular, algo que é feito para agradar a quase todos. Ser seletiva também não é se revoltar contra o sistema e dizer que tudo que é "do povo" é ruim. O povo, meus queridos, não é somente o mendigo da esquina nem o marginal da favela. 

Você é seletiva quando sabe que os bons amigos são poucos, mas que os poucos são muito bons. É quando se percebe que uma banda com cinco caras bonitinhos não é necessariamente uma banda com cinco músicos. Ser seletiva não é só escutar a cena europeia, mas descobrir que a música brasileira dos anos 60, 70 e 80, tinha sim, um brilho todo especial, broto. É saber que qualidade sempre vai ser superior à quantidade. E que certas pessoas não merecem a sua atenção simplesmente por quererem chamar a atenção de todo mundo. Felizes somos nós, os seletivos! Não queremos você por perto se não valer a pena - e se valer a pena, estaremos por perto de você.
É isso aí, chega de aceitar ou mandar depoimentos de "não quero te perder em 2010" pra gente que nem sabe dizer que importância o outro tem em sua vida. Tenho uma ideia de quem não quer me perder, e não quero perder ninguém que tenha me feito bem esse ano, ou em 2008, ou quando eu nasci. Porque não é todo mundo que sabe o que me faz feliz. Eu até faço um ranking, mas quem fez do meu ano o mais intenso da minha vida, sabe bem que eu quero a sua presença nos anos que virão, também.
Nada de eu te amos vazios ditos da boca (ou do teclado) pra fora. E quem me quiser pra si tem que saber que A) eu sou mais de mim do que de qualquer outra pessoa, e B) só se deve querer uma pessoa de cada vez, porque cada um de nós é completo, eu também sou. Não preciso de sentimentos frios digitados em madrugadas vazias, só porque a outra pessoa não tem mais o que fazer. Brincar quando se é criança é alegria, mas quando se cresce, brincar é idiotice. Principalmente se for com sentimentos. Principalmente se for com os sentimentos de alguém que pode revidar com mais violência do que se espera.


Mas se tudo der errado, e a minha seleção se mostrar um monte de figurinhas repetidas e rasgadas... I will ALWAYS have Vodka!

9 arranhões:

Laís Dourado disse...

É, eu super aplico isso também!
Tenho até que confessar, por mim, alguns tipos de amizade a gente devia poder terminar, igual namoro.."foi bom, nos divertimos, mas n tem mais quimica"... hehehe!
;D

ps. Fazia tempo que não tinha post, mas fiquei uns diazinhos fora da net e bum, um monte!;D que bom!

Anônimo disse...

A tendência,quando a gente cresce e amadurece( não necessariamente nessa ordem) é ficar mais seletivo!Isso significa que a gente já sabe( ou não) diferenciar o que é bom do que não é!

"Eu sempre terei vodka"???O.o :) :P

Branca ;) disse...

muito bom bê, seu blog tá cada dia melhor ;)

e além da vodka, you always be there ;)

Letícia Pinheiro disse...

Poow...muito boom o bloog...
Gosteei meesmo!Vou até seguiiir!=D
E concordo com você quando fala que temos que ser seletivos.

Natalie disse...

Bem, quando vi que o nome da postagem era Seleção não tão Natural eu imaginei que você fosse falar da seleção da sociedade, e o que vi no texto foi mais uma questão do que é verdadeiro e não.
Sobre isso, é um debate muito longo...
tem até um trecho de um texto antigo meu, que eu acho que se aplica bem ao seu texto "...essas menininhas que colocam dois dedinhos nas fotos, mas o que fazem para preservar a paz?"
sabe?! A internet e o anonimato é uma boa chance para as pessoas fingirem ser o que querem ser mas não são.
Não as julgo por isso, mas não quer dizer que isso seja aceitável e justificável.
Julgar decididamente não é meu verbo.

Natalie disse...

Ah, a parte que mais gostei:
O povo, meus queridos, não é somente o mendigo da esquina nem o marginal da favela.

MUITO BOM ISSO QUE VOCÊ DISSE.

Rafaella Soares disse...

eu sou totalmente seletiva. desde o esmalte que vou usar na semana até os amigos que vou fazer. detesto essa coisa de "eu te amo, não me esqueça o ano que vem!". se a amizade é verdadeira, não precisa desses lembretes. bom, tudo o que indica é que as pessoas são contagiadas pelo o "espírito natalino"... pra mim, isso se chama "mantendo números" e matemática não funciona comigo. só o português.

adorei o teu blog e vou seguir :D
alias, obrigada por comentar no meu e obrigada pela a sua opnião, de verdade.
beijos!

Ultraviolet disse...

Muito bom e bem escrito o seu texto! Seguirei seu blog, e
concordo com tudo o que vc disse.
Enquanto essa seletividade fornecer um escudo contra o "senso comum", me apego a ela.

Unknown disse...

Que texto é esse, menina!!!
Demais!